quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

ATLAS DAS NUVENS

A M. J. desafiou (esta moça parece um cavalheiro de outro século, sempre de espada em riste, pronto a desafiar até um velhinho senil de 100 anos) , eu e umas meninas - quer-me parecer que sou a mais velha, chiça! - aceitámos, e acabei de ler o meu primeiro livro secreto; Atlas das nuvens - no original em inglês Cloud Atlas - de David Mitchell, enviado pela Magda.
Quando me apercebi que o livro tinha 590 páginas, ia tendo uma coisinha má e numa primeira abordagem pareceu-me um livro de contos - que não aprecio muito -, mas à medida que a leitura avançava, fui ficando cativa da narrativa, que me levou numa viagem desde o século XIX até um futuro que espero nunca acontecer, um futuro medonho, em que a vertigem da humanidade pelo poder e ganância, acaba com uma civilização em declínio, mas que paradoxalmente, não abandona a esperança.
O autor conseguiu seduzir-me num género que não sei definir, em que seis personagens em épocas e locais diferentes, acabam por ter algum elo entre si. O humor que emprega algumas vezes, também me agradou bastante.
Dos excertos que mais gostei e sublinhei no livro, fica este: "Todas as revoluções são pura fantasia até que acontecem; então passam a ser inevitabilidades históricas".
Curiosamente, ontem, que acabei de ler o livro, recebi já o 2º. O Atlas também vai a caminho de outras nuvens.


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