quarta-feira, 27 de julho de 2016

ERA UMA VEZ ...

uma blogger (embirro com este termo) que lançou um desafio, não para haver uma vencedora a ganhar uma embalagem de sabão macaco, mas para que todas as participantes partilhassem um gosto comum, a leitura. 
E assim nasceu a iniciativa do Livro Secreto, a que aderi principalmente para me obrigar a ler mais, pelo factor surpresa, porque nunca sei (nenhuma de nós sabe) que livro vem a seguir e pelo compromisso  que assumi comigo própria, de ler os livros sempre até ao fim, sem desculpas de falta de tempo ou de gosto. Tem sido uma experiência aliciante, só tenho pena de sermos apenas 13, e de algumas participantes nem sempre lerem os livros na íntegra - compreendo, mas acaba por quebrar o sentido do desafio. 
Para quem há muitos anos, era uma leitora compulsiva e com o tempo foi perdendo essa característica, ler actualmente 1 livro por mês está a saber-me muito bem - Magda, tu não te enerves, mulher! - que a partir de agora é sempre a andar, ou melhor, a ler e, giro, giro, era mantermos esta coisa por mais tempo, mas, confesso que não consigo ler vários livros ao mesmo tempo.
Dos 7 livros que já li (Ok, 6 e meio, que ainda não acabei o último), e deixando de lado o Eça, porque é um dos meus escritores de eleição e de coração, o que mais gostei foi A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón e o que menos gostei Atlas das nuvens de David Mitchell (por esta não esperavas, Sara Matos?), livro que me seduziu, mas que não consigo definir e onde me senti perdida naquela imensidão entrecruzada de tantas vidas e épocas diferentes.
O livro que enviei para o desafio, tenho-o há séculos muitos anos, A pérola de John Steinbeck, baseado num conto popular mexicano, é uma história que ficou retida no meu coração (como referido no livro), que tem para mim um valor inestimável e não o trocava nem pela colecção inteirinha do Eça - cá coisas minhas.
Do que estou a ler neste momento O navegador solitário de João Aguiar, transcrevo uma passagem sublinhada (podemos fazê-lo com os excertos de que mais gostamos) pela Magda e pela Ana Neves: "Como poderei definir? Foi a capacidade de exultar. Com a beleza, os sentimentos, as sensações, os sons, as cores. Ela abriu-me as portas da percepção e do gosto. Escrevo a palavra «gosto» num sentido quase sensual. Saborear um livro, desde o cheiro do papel ao ritmo do texto e à música das palavras e compor de novo, dentro de mim, a história nele contada, traduzida em emoções que me pertencem exclusivamente."
Era uma vez ... uma criatura que teve uma ideia do caraças e com ela arrebanhou outras 12 criaturas.


É a minha praia


terça-feira, 26 de julho de 2016

EU GOSTO É DO VERÃO

Acho que já está, mala feita para ir jiboiar uns dias. Ora, cá a ver, biquínis; vestidinhos de praia; saco de praia; toalha de praia; chinelos de praia; protector; creme hidratante; para o cabelo não levo porra nenhuma, está curto e quando regressar vai quase, quase à máquina zero, tipo zero mais um.
Vestidinhos sem ser para a praia; sandálias sem ser para a praia; mais importante que as cuecas, a bolsa dos medicamentos - passo bem sem cuecas, já não posso dizer o mesmo das drogas; uma bolsa com maquilhagem, não se dê o caso de ir a alguma summer party onde esteja a CMTV e mais umas coisitas que não vão servir para nada, mas são minhas e portanto vão comigo.



segunda-feira, 25 de julho de 2016

sexta-feira, 22 de julho de 2016

ESTIMADAS FÉRIAS

Eu por cá, bem, obrigada. É com muita honra que vos vejo finalmente chegar - bem sei que o contrato tem a data de 25 - mas, se fizerem o obséquio podem vir andando, que a viagem é longa e eu quero-as frescas e airosas a partir de 2ª feira.
É verdade, anos houve em que não nos demos muito bem - V. Exas. têm um feitio especial, eu tenho um feitio de merda; foi na vossa presença que estive muito doente - no entanto, isso são águas passadas, hoje em dia já não vivemos umas sem as outras, pela minha parte tenho umas saudades vossas do catano. 
Se me permitem a ousadia, desejo que venham leves, soltas, soalheiras, bem dispostas, sem pressa, que têm nesta vossa anfitriã uma amiga para a vida.
Mais informo, que se quiserem permanecer por mais tempo (abusem) não accionarei nenhuma penalização por quebra de contrato.
Despeço-me com cordialidade e vinde a mim que eu mereço, sim?


quarta-feira, 20 de julho de 2016

JÁ FUI, UI, SE FUI

Adolescente. Não fui a pior ao cimo da terra, mas fui embirrante, insolente, antipática, introvertida, impaciente, palhaça, bruta, muito senhora do meu nariz, possuída pelo espírito peçonhento da adolescência, que num ápice vai da felicidade mais pirosa à infelicidade mais negra, não foi necessário nenhum exorcismo, que aquilo vai passando e a vida foi-me ensinando a ter algum juízo - a vida, sim, não os anos, que esses não interessam p´ra nada.
Certa vez, estando a estudar a 25 km de casa, decidi vir à boleia com uma colega, até chegarmos ao destino apanhámos meia dúzia de boleias, esticámos o dedo a um carro funerário (não parou, imaginem), fizemos um curto trajecto com uma senhora muito simpática que vinha do mercado e ainda tivemos tempo de lhe gamar fruta; outra vez, em que tive aulas ao sábado de manhã, fiquei todo o dia na cidade sem dar cavaco aos meus pais.
Num ano escolar muito profícuo em negativas e em experiências altamente científicas, faltava às aulas, fumava às escondidas (só até o meu pai me encontrar um maço de tabaco e me dar duas galhetas, que ainda hoje embirro com o cheiro.) Não me tornei uma fofura de criatura, mas isso agora não vem ao caso.
Tenho em casa uma filha adolescente, que tento compreender, orientar e ajudar o melhor que sei - mesmo quando me salta a tampa -, só que agora estou do outro lado da barricada, mas esta coisa do armário só dura os primeiros 30 anos, não é?


terça-feira, 19 de julho de 2016

O QUE NÃO NOS MATA, FORTALECE-NOS?

O fotógrafo norte-americano Michael Stokes, criou um projecto em 2012 - do qual resultou um livro e um calendário - onde fotografa homens e mulheres veteranos de guerra com lesões físicas, querendo mostrar assim, que os ferimentos não alteram quem eles são ou os sonhos que pretendem alcançar.
Realmente as amputações não lhes retira beleza, mas interiormente como será?






segunda-feira, 18 de julho de 2016

ENGANEM-ME QUE EU GOSTO

Existem vários blogs que sigo diariamente, porque gosto, porque me apetece, porque coiso. Não são muitos, até porque o tempo também não o é. Outros há que sigo semanalmente ou quando calha, lá está o factor tempo não ajuda, mas tento ir descobrindo mais para não me cingir sempre aos mesmos, e como nos livros, gosto de ler (quase) de tudo um pouco. Blogspot, Sapo, Wordpress, não sou tendenciosa, marcha tudo.
Em muitos blogs, consta uma lista de outros que o autor segue, até aí tudo bem - também já tive no meu -  mas noutros aquilo não será a lista de compras do mês? Mas quem é que consegue seguir quase 200 blogs? Onde é que inventam tempo para isso? Quando tantos bloggers escrevem várias mensagens por dia, que um dia que eu deixe testamento não vou gastar tanto latim.
Patranheiro(a)s.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

FELIZES OS QUE ACREDITAM

Parece que a beleza está dentro de nós - tenho um apêndice lindo, por essa razão é que quase aos 50, ainda cá mora - parece que a felicidade está dentro de nós. Sou pessoa para começar a acreditar nisso.



quinta-feira, 14 de julho de 2016

CANTONA, AH AH

Éric, rapaz - permite-me este tratamento pois somos da mesma idade - anda a circular um vídeo nas redes sociais, protagonizado por ti, a gozar com os portugueses e com o facto da nossa selecção de futebol ter ganho o campeonato europeu contra a França, o teu país, na vossa casa, nas vossas barbas. 
Deixa-me referir que sou uma fraca adepta de futebol, Portugal ganhou e estou orgulhosa por isso, se não tivesse ganho estaria orgulhosa na mesma (menos é certo), mas a minha vidinha continua como sempre.
Sabes que, há uns tempos um político português (espertalhão) disse que quem se metesse com o partido dele, levava, eu faço minhas as palavras dele - salvo seja - e digo-te que quem se mete com os portugueses, leva, mas descansa, que aqui o verbo levar não tem o sentido que tu lhe dás, nomeadamente quando foste várias vezes suspenso durante meses por agressão a companheiros de equipa, adversários, a um polícia, por insultares o teu treinador ou quando fizeste birra por não seres convocado para a selecção francesa, acabando assim, com a tua carreira aos 30 anos. Pobre Éric.
Parece que agora te dedicas ao futebol de praia e és actor, será que à semelhança do nosso Futre também fazes publicidade àquelas cenas que dão tusa? É que uma pessoa tem que fazer pela vida.
Elogio o teu bom gosto, pois parece que tens casa neste meu pequeno país e conheces os pastéis de Belém, muito superiores às baguetes francesas com cheiro a sovacô.
Despeço-me com um à bientôt e um conselho, não deixes de fazer psicanálise para controlares essa raiva energia que brota dentro de ti, meu rapaz.


quarta-feira, 13 de julho de 2016

DAS PALAVRAS

Que me atingem como raios, me derrubam, que não causam mágoa, mas medo, que escurecem o meu dia, me congelam e paralisam.
Que têm um impacto mais forte que uma multidão furiosa e que mesmo assim, prefiro acreditar que foram ditas - apenas - num momento de loucura.

terça-feira, 12 de julho de 2016

PESSOAS QUE VÃO PARA A PRAIA COM CRIANÇAS, ATENTAI

As crianças são por natureza curiosas e enérgicas, por isso é natural que em vez de se deitarem sossegadas horas a fio na toalha, queiram ir para junto de água, queiram fazer castelos e fortalezas de areia, queiram levantar-se de 5 em 5 minutos, chorar de 10 em 10, comer de 15 em 15 (até areia), fazer xixi de meia em meia hora. Também se compreende que quem as acompanha - por norma pais ou avós - queiram estar sossegaditos, porque é fim-de-semana ou porque estão de férias, a malta precisa de descanso, é verdade, como tal, chega uma altura em que a paciência se esgota para levar as crianças 200 vezes até à água, encher o balde com conchas, dizer a todo o instante "cuidado Aninha/Pedrinho, não pises as toalhas dos senhores".
Mas, ó gente, não precisam de gritar taaaaaaaanto com as criaturas, para que toda a praia vos oiça, principalmente quem está perto de vós e que sai da praia com os tímpanos furados.


segunda-feira, 11 de julho de 2016

FAZ-DE-CONTA QUE ACABEI DE ATERRAR NESTE PLANETA

Agora que Portugal é campeão europeu de futebol, não dá para os manuais escolares serem um nadinha mais baratos?


domingo, 10 de julho de 2016

OUI, A TAÇA É NOSSA

Parabéns Selecção Portuguesa de Futebol. 
Parabéns Campeões Europeus de Futebol.
Parabéns PORTUGAL.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

quinta-feira, 7 de julho de 2016

PARABÉNS AOS ATLETAS DO MEU PAÍS

Não venho acrescentar nada, ao muito que já se disse e escreveu sobre a selecção portuguesa se ter qualificado para a final do Europeu de Futebol. Também eu estou radiante e desejo que Portugal se sagre campeão.
Ontem, pouco antes do começo do jogo, assisti à corrida dos 10.000 metros do Campeonato Europeu de Atletismo a decorrer na Holanda, onde a nossa Dulce Félix fez a melhor corrida da sua carreira, conquistando a medalha de prata com o seu 2º lugar. Parabéns, Dulce, és um grande orgulho neste país de futebolistas.



quarta-feira, 6 de julho de 2016

EU ADMITO, TU ADMITES, ELE ADMITE ...

Quem nunca se olhou ao espelho - mesmo tendo consciência que é mais feio(a) que cuspir na sopa - e nunca se achou o último pedaço ao cima da terra, maravilhoso, lindo, poderoso, e tudo e tudo, que atire a primeira pedra (eu prefiro um cristal Swarovski).

Imagem Lucia Heffernan

terça-feira, 5 de julho de 2016

ALÔ, ALÔ SENHORES DO PORTAL SAPO

Se não for abuso da minha parte, conseguem explicar-me como se eu fosse muito burra, a razão porque destacam hoje uma mensagem dum blog que entre muita verborreia, atira com esta pérola, "Infelizmente Portugal não tem outro Salazar"!!!!!!
Porventura, têm também os senhores do Sapo - maior portal de Internet em Portugal, certo? - saudadezinhas do tempo do outro senhor, dum povo oprimido, miserável, faminto, analfabeto?
Com tantos blogs sapo saudáveis vão dar destaque a este?
Vão-se foder!!


segunda-feira, 4 de julho de 2016

ESTILO, DISSE ELA

No serviço onde trabalho andam uns zunzuns pelo ar de que quem faz atendimento público vai usar farda. Escarafunchando o assunto na perspectiva feminina: primeiro, isto limita uma ´ssoa (termo muito bem usurpado à PCS) nas compras, porque deixa de ter desculpa para comprar tanta alguma peçita de roupa. Segundo, e naquelas semanas em que se está proibida pelos médicos de passar a ferro? Terceiro, ah e tal, alguns funcionário(a)s não se vestem condignamente para estarem num serviço a atender utentes, realmente acho despropositado, seja num serviço público ou privado, ter que levar com mamas alheias e outros atributos, mas esses funcionários devem ter chefias (já que não têm bom senso) que os chame - e bem - à razão. No entanto, se andarem vestidos com roupa da feira, mas decentes e lavados, ninguém deve ser obrigado a vestir aquilo que não pode pagar. Quarto, quem não faz atendimento, méquié? Quinto, há formas mais úteis de empregar o dinheiro.
Se for efectivamente para fardar, então que seja ao estilo da polícia de trânsito do Gabão, com esmero e cassetete!




domingo, 3 de julho de 2016

AI CHEIRA, CHEIRA, A TUA AGULHA

Bom para nós, vamos continuar a ver o Joaquim nestes propósitos. Será que isto é um ritual rumo à vitória? Eh pá, se for, ó Fernando Santos vê lá se pões os olhos nisto! Que a malta quer ser campeã, nem que seja a enfiar o dedo no cú.



sexta-feira, 1 de julho de 2016

MUNDOS PARALELOS

Acredito que não é preciso ir tão longe para encontrar situações como as de Jhuma. No nosso país também existem crianças a quem são negados muitos direitos, enquanto se fazem manifestações de pais que exigem colocar os seus filhos no ensino privado, quando a grande questão está em lutar e exigir uma escola pública de qualidade, digna para alunos e professores.
Uma imagem vale mais que muitas palavras e por isso partilho convosco esta fotografia, de uma menina de 14 anos - Jhuma - do Bangladesh, que estuda à luz de um candeeiro de rua porque não existe electricidade em sua casa.


Jhuma não teve os pais a lutarem por ela, porque era preciso que trabalhasse para ajudar nas despesas da casa, foi graças a um programa de subsídios da UNICEF que esta menina voltou à escola e se tornou numa das melhores alunas da sua turma.
Enquanto nós nos preocupamos com as nossas crianças e com o tempo que passam agarradas aos iIsto e iAquilo, outras há a quem um valor universal como é a dignidade lhes é roubado.
A Terra é um lugar bonito para se viver, nós é que não somos dignos dela.